Renan Dalla Soares
Santo André, SP
TRABALHO PREMIADO PELA ACADEMIA BRASILEIRA DE OSSEOINTEGRAÇÃO (ABROSS 2012)
RESUMO
O objetivo deste trabalho é de relatar o curso clínico de uma criança de, inicialmente, 10 anos de idade com agenesia dos dentes 31 e 41 que foi tratada com implantes osseointegráveis provisórios e acompanhada por 2 anos, sob função oclusal.
RELATO DO CASO
A criança F.S.C., de 10 anos e 2 meses, foi conduzida por seus pais à clínica privada e relataram que seu filho estava se tornando muito introspectivo, não sorria mais e não queria mais ir para a escola. Após avaliação clínica e radiográfica, foi constatada a ausência por agenesia dos incisivos centrais inferiores, dentes 31 e 41 (Fig.01). O paciente já havia se submetido a tratamento para reposição dos dentes ausentes com prótese parcial removível, porém não obteve-se o resultado desejado pois o dispositivo protético causava desconforto e a criança não o utilizava. O tratamento proposto e realizado foi a instalação de 2 implantes provisórios osseointegráveis MDL® de 2,0 mm de diâmetro por 10 mm de comprimento (Intra-Lock System®) (Fig.02) e confecção de coroas acrílicas provisórias, em função imediata (Fig.03). Após um período de 4 meses a criança retornou para avaliação, quando constatou-se a perfeita osseointegração do implantes (Fig.04) e excelente cicatrização dos tecidos moles (Fig.05). Iniciou-se os procedimentos de moldagem para confecção de copings VITA In-Ceram® ALUMINA revestidos por cerâmica feldspática VITA VM®7 (Fig.06). As coroas foram cimentadas com cimento resinoso PANAVIA F® e o resultado proporcionou grande satisfação para a criança e para seus pais (Fig.07). Nota-se que, neste momento, as margens incisais das próteses das regiões 31 e 41 estão discretamente localizadas apicalmente às margens incisais dos dentes 32 e 42, devido ao ajuste oclusal. O paciente foi acompanhado em consultas de manutenção aos 3, 6, 12 e 24 meses o qual relatava sempre grande satisfação com os resultados estéticos e funcionais das suas próteses. Aos 24 meses, a avaliação radiográfica sugere perda óssea marginal, porém sem comprometer a osseointegração (Fig.08). Devido à erupção passiva dos dentes 32 e 42, acentuou-se a discrepância das margens incisais das próteses que, neste momento, estão localizadas ainda mais apicalmente, porém não causando qualquer insatisfação ao paciente (FIG.09). Os pais relataram que o tratamento com próteses fixas sobre implantes dentários foi muito importante para o desenvolvimento social e psicológico do seu filho.
CONCLUSÃO
O uso de implantes osseointegráveis provisórios na reabilitação protética de crianças é uma alternativa viável e pode promover um resultado consideravelmente melhor, quando comparado aos métodos protéticos tradicionais.
Desde sua formação em 1997, sempre investiu em seu aperfeiçoamento profissional, participando de vários cursos e congressos nacionais e internacionais, nas áreas de... Leia mais
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