Osteonecrose Associada aos Bifosfonatos na Odontologia

  Artigo, 29 de Out de 2010

Os bifosfonatos são fármacos sintéticos utilizados no tratamentode neoplasias malignas ósseas, doença de Paget emais comumente nos casos de osteoporose pós-menopausa.Estas drogas apresentam alguns efeitos colaterais conhecidos,porém, recentemente foi identificada uma nova complicação,com manifestação bucal, denominada Osteonecrose Associadaaos Bifosfonatos (OAB), também conhecida comoOsteonecrose dos Maxilares. O mecanismo pelo qual osbifosfonatos promovem tal fenômeno ainda é desconhecido.O tipo de bifosfonato, a via de administração, bem como aduração do tratamento com essas drogas parece ter relação direta com a incidência de OAB. O objetivo deste trabalho foi apresentar os grupos de bifosfonatos disponíveis no mercado brasileiro, enfatizando aqueles utilizados no tratamento da Osteoporose, associando-os à Osteonecrose dos Maxilares.

Estratégias de prevenção e tratamento da OAB também foram discutidas. Com base nos estudos revistos, concluímos que ainda não existem protocolos clínicos baseados em evidências para o tratamento da OAB. Portanto, a prevenção ainda é a melhor forma de evitar a OAB.

O risco potencial de pacientes submetidos à terapia com bifosfonatos desenvolverem Osteonecrose dos Maxilares requera atenção da classe odontológica, pela morbidade desta patologia.Algumas formas de tratamento têm sido adotadas para aOAB, porém sem resultados satisfatórios.

A falta de esclarecimentos acerca desta doença dificulta seu diagnóstico e tratamento. Deve-se chegar a um consenso entre o cirurgião-dentista, o paciente usuário de BFs e o seu médico prescritor, antes do tratamento odontológico ser implementado.Visto que o tratamento com BFs nos casos de neoplasiasmalignas é imprescindível, cabe à classe médica uma criteriosa avaliação quanto à prescrição destes fármacos no tratamento da osteoporose e principalmente da osteopenia, uma vez que outras medidas profiláticas e até terapêuticas talvez possam ser utilizadas com o intuito de reverter estas alterações metabólicas.

Ainda não existem medidas terapêuticas eficazes no tratamento da OAB. Por este motivo, a prevenção ainda é a melhoropção no enfrentamento desta grave patologia.

Fonte: Revista Sobrape

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Dra. Sheila Rodrigues

Cirurgiã-Dentista

 Itanhaém, SP

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