Três Implantes na Mandíbula - Outro Caso Que Poderia Ser Considerado Comum, Mas Trabalhamos no Limite...

Para facilitar o planejamento, evitar o uso da tomografia, usamos este recurso do guia radiográfico, esferas adaptadas nas regiões indicadas para instalação dos implantes. Calculamos a variação da dimensão do diâmetro da imagem em relação ao diâmetro real da esfera. Com isso conseguimos um valor pelo menos muito aproximado da disponibilidade óssea real.

Extrusão dos superiores. Indicação para exo do 28, pois prejudicaria consideravelmente a oclusão.

Enceramento diagnóstico

Guia cirúrgico

Cálculo da distorção da imagem de acordo com guia radiográfico

Estudo da disponibilidade óssea na altura

Avaliação da largura do rebordo

PLANEJAMENTO A: estudamos a possibilidade da instalação de 1 implante mais estreito (3.3 com plataforma 4.1) na região do 35, para permitir sua passagem entre o mentoniano e raiz do 34. Esta foi a primeira escolha e foi realmente o que fizemos. Reparem que de acordo com imagem da radiografia, parecia tranquilo...mas o pior, fui confiar nesta imagem (rx digital) e desconsiderei a imagem de uma periapical da região...então, deparamos com uma raiz em "baioneta" do 34 e...vejam a seguir

PLANO B: utilização de um implante curto de 7mm no 35. Considerando plataforma 4.1 (o indicado para pré molares, comprimento muito reduzido e disponibilidade óssea limitada até para isto, deixamos este planejamento para a segunda escolha, mas não descartamos.

Dissecação total do mentoniano para permitir sua proteção na fixação dos implantes.

Guia cirúrgico em posição

Fresagens

Paralelizadores em posição. Reparem a inclinação do 36, ocorrida devido pouca abertura de boca, contra angulo encostava a cabeça nos dentes superiores, poderia ter sido evitado com brocas mais curtas, mas eu não possuia no momento (agora não falta, rsrs). Neste caso não é motivo para preocupação, a inclinação foi relativamente pouca, talvez não obrigue a utilização de abutment angulado, podemos acertar apenas com o preparo na ucla.

Agora, fiquei na dúvida...reparem a forma da ponta da raiz. Na panorâmica não dava para notar tanta curvatura. Relatei o ocorrido para o paciente e iniciamos a proservação. De início, nos primeiros dias, até uns 15 dias, o paciente percebia uma pequena pericementite (como se fosse, sensibilidade pequena à percussão e quando mastigava em cima), não incomodava muito. Pensei em duas possibilidades...cortei a ponta da raiz, ou este implante está mais para lingual, atrás da raiz e este trauma é devido ao aquecimento ou atrito da broca na região. Vamos aguardar mais um pouco.

Passaram-se 4 meses. O paciente não sente qualquer desconforto. O dente 34 está estável, sem dor e em função. Então pergunto aos endodontistas...poderia ter ocorrido neste caso, 1 - O implante não está traumatizando a raiz do 34, está mais para lingual. 2 - A fresagem cortou a ponta da raiz, mas parece existir uma hipercementose e não afetou o feixe vásculo nervoso na entrada do forame 3 - Continuar proservação, não há dor porque talvez já ocorreu necrose intrapulpar e a infecção pode aparecer a qualquer momento. Detalhe: esta última radiografia foi em 04/05/2010. Até hoje (19/10/2010) o paciente não reclama de dor alguma e qualquer desconforto. Vamos moldar os implantes por estes dias. O que eu disse para ele é que o pior que poderá acontecer é uma indicação de endo no 34.

Preparando a moldagem para confecção da gengiva artificial.

Colocamos pedacinhos de filme radiográfico para delimitar a região.

Depois da montagem no articulador...percebemos a necessidade do uso de minipilares angulados 17° nos dentes 36 e 37. Considerando implantes de 5.0 mm e prótese esplintada, não ocorrerá problema biomecânico.

Foram realizadas duas RMF nos dentes antagonistas, superiores, em caráter provisório. Serão desgastados posteriormente para confecção de 2 coroas metalocerâmica (serão transformados em núcleos).