Dra. Marina Pagno
Frederico Westphalen, RS
Marina Calegari Pagno
Fábio Shiniti Mizutani
RESUMO
O procedimento de levantamento do seio maxilar com enxertos ósseos através do acesso lateral tem se tornado uma ótima alternativa de tratamento para a região posterior da maxila. A principal intercorrência na elevação traumática de seio maxilar é o rompimento da membrana sinusal. Este trabalho teve como objetivo fazer uma revisão de literatura, para os tratamentos das perfurações e levantar as principais manobras utilizadas neste procedimento. Conclui-se que as perfurações, podem ser tratadas de diversas formas de acordo com o tamanho da perfuração. As manobras de oclusão do rompimento utilizam membrana de colágeno reabsorvível, sutura, adesivo de fibrina tecidual, cola autóloga de fibrina, celulose oxidada regenerada, associação de técnicas.
Palavras chaves: membrana sinusal, perfuração, tratamento.
INTRODUÇÃO
A principal intercorrência na elevação traumática de seio maxilar é o rompimento da membrana sinusal.Considerando as complicações inerentes a técnica da elevação de seio maxilar com intuito de enxertia óssea.
De acordo com o relato de Moses & Arredondo em 1997, a membrana sinusal em pacientes usuários de esteróides, anti-histamínicos e usuários contínuos de descongestionantes nasais, são mais facilmente perfuradas já que tais medicamentos causam atrofia da mesma.
Já Eliaz (2003) afirma que a presença de septos ósseos no seio maxilar pode complicar o procedimento. Segundo ele, os septos ósseos estão presentes em aproximadamente 31% dos pacientes e são mais comuns na região entre o segundo pré-molar e o primeiro molar, e os encontramos mais frequentemente em maxilas desdentadas.
No entanto, para Smiler et al. (1992), Schwartz-Arad et al. (2004) e Barone et al. (2006), a perfuração da membrana sinusal é a principal complicação do procedimento cirúrgico e ocorre mais frequentemente durante a fratura da parede anterior do seio maxilar. Há possibilidades de ocorrer também durante a elevação da membrana sinusal e na osteotomia, realizadas com brocas.
Este trabalho teve por objetivo fazer uma revisão de literatura para esclarecer opções de tratamento nos rompimentos de membrana sinusal em cirurgias de enxertos ósseos em seios maxilares atróficos, com finalidade implantológica.
DISCUSSÃO
As complicações intra-operatórias mais comumente relatadas durante o levantamento de seio é a perfuração da membrana sinusal, que pode levar à infecção com o risco de perda do enxerto ou reabsorção, e sinusite aguda ou crônica, As perfurações pequenas ou médias são tratadas com manobras na membrana sinusal, utilização de membranas absorvíveis ou suturadas já perfurações amplas devem ser abortadas e realizadas em um segundo momento. Hell junior, D. et al 2011
Kuabara et al. (2000) concorda com Barone et al. (2006), Schwartz-Arad et al. (2004), Velich et al. (2002) ao dizer que a “cirurgia de levantamento do assoalho do seio maxilar evoluiu bastante na última década.”Entretanto, Constantino (2002), Versellotti et al. (2001), Eliaz (2003) afirmam que “a sensibilidade inerente à técnica a torna mais difícil, podendo apresentar complicações durante o procedimento cirúrgico e no pós-operatório.”
Há 16 anos Sullivan, S. M. et al. , já propusera o uso de adesivo de fibrina, outros autores que também testaram esse material foi Shin, h.i.; Sohn, D.S.em 2006, a cola autóloga de fibrina no manejo de grandes perfurações de membrana sinusal maxilar, porém complicações como fibrose extensa, infiltrado inflamatório e ausência de epitélio foram observados neste segundo estudo, mas indicam o seu uso.
Já no estudo de Proussaefs et al. em 2003, utilizou-se como material de escolha para o estudo membrana de colágeno no tratamento de perfurações de médio e grande porte, tendo como resultado uma leve diferença entre o grupo controle e os que sofreram perfuração da membrana sinusal maxilar, porem no estudo de 2004 os autores relatam que o rompimento pode comprometer a nova formação óssea e a sobrevivência dos implantes.
Em 2004 Shalomi et al constataram que não houve diferença significativa entre pacientes que perfuraram a membrana sinusal maxilar e o grupo que não perfurou. Averiguaram também que a taxa de sobrevivência dos implantes foi similar nos dois grupos.
No estudo de Ardekian et al 2006 apesar de um desvio pequeno mostraram maior tava de sucesso entre as aeras que foram perfuradas do que no grupo onde não houve perfuração da membrana. Outro autor que relata esse acontecimento e Becker 2008, onde o grupo controle onde não havia sido perfurado a membrana houve perda de implantes, e no grupo onde aconteceram perfurações de membrana o sucesso foi de 100%. Para tanto nesse estudo observou-se o tamanho, localização, e seguiu-se um protocolo onde quando a perfuração era muito extensa foi interrompido o procedimento no transoperatório.
Além da membrana de colágeno que é largamente a mais usada no tratamento de perfuração de membrana sinusal no transcirurgico Hernández-Alfaro et al.,2008 sugere o uso de sutura com material reabsorvível. Becker 2008 e Vlassis & Fugazzotto também propõe o uso desse tipo de material em grandes perfurações.
Para 1999, Vlassis & Fugazzotto, Shlomi et al. 2004, no tratamento de perfurações de pequeno porte relatam não ter grandes preocupações, pois o próprio tecido se dobra e faz o reparo em médio porte usam membranas na prática clínica e associam técnicas nas de grande porte.
De acordo com o que encontramos disponível no mercado brasileiro se propõe que em perfuração menor que 5 mm, o próprio tecido se dobra e repara, podendo associar membrana de colágeno para um cuidado extra.Perfuração de membrana sinusal maxilar média, maior que 5 mm, uso de membrana de colágeno para realizar reparo. Considera-se perfuração grande porte um, as que ocorrem nos 2/3 centrais, sendo a sutura o tratamento mais adequado, porém necessita de uma destreza técnica elevada sugere-se o uso de membrana de colágeno.Perfurações consideradas grande porte dois, localizam-se em áreas de extensa pneumatização do seio ou reabsorção grave óssea do rebordo fazer osteotomia das irregularidades, sutura e colocação da membrana de colágeno.
CONCLUSÃO
A perfuração da membrana sinusal maxilar durante os procedimentos de enxertias ósseas podem ser tratadas de diversas formas de acordo com o tamanho da perfuração.
As manobras de oclusão do rompimento utilizam membrana de colágeno reabsorvível, sutura, adesivo de fibrina tecidual, cola autóloga de fibrina, celulose oxidada regenerada, associação de técnicas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. ARDEKIAN, L. et al. The clinical significance of sinus membrane perforation during augmentation of the maxillary sinus. J Oral MaxillofacSurg, v. 64, n. 2, p. 277-82, February, 2006. 2. BARONE, A. et al. A cli
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