Na confecção de próteses totais, a compreensão da morfologia do palato duro e mole é fundamental para o sucesso do tratamento. O palato duro é caracterizado por uma mucosa extremamente aderida, o que pode dificultar procedimentos como biópsias devido à sua firme fixação ao osso subjacente 1. Frequentemente, encontramos tórus palatino, uma exostose comum que, embora geralmente assintomática, pode influenciar a adaptação da prótese 1. Já o palato mole, rico em glândulas salivares menores, é uma área onde a presença de tumores de glândula salivar e carcinoma de células escamosas é mais comum 1. A relevância protética dessas estruturas se manifesta na definição da borda posterior da prótese superior, onde a linha de vibração, localizada na transição entre o palato duro e mole, é crucial para o selamento posterior da prótese 2 3. Essa linha de vibração é essencial para evitar a entrada de ar e garantir a retenção adequada da prótese, prevenindo deslocamentos durante a função 3. Portanto, o planejamento cuidadoso e a moldagem precisa são essenciais para garantir que a prótese total se adapte corretamente às complexidades anatômicas do palato, proporcionando conforto e funcionalidade ao paciente.