Dr. Guilherme Genovez Jr.
Londrina, PR
Alguns pacientes têm dificuldade no controle da placa bacteriana. Esta dificuldade pode estar relacionada direta ou indiretamente a alguma condição, estado ou deficiência do paciente. Este artigo tem o objetivo de facilitar a tarefa de escolha de uma escova ideal, principalemte se esta será utilizada na higiene de pessoas com necessidades especiais. Pacientes com comprometimento motor dos membros superiores (como as paralisias, escleroses, Parkinson, atrofias e amputados de dedos ou da mão de maior destreza) e pacientes com comprometimento mental ou cognitivo (distúrbios de aprendizagem, deficiência menta), são os que mais têm sua independência limitada pela dificuldade na escovação. Para estes casos indica-se o uso de escovas elétricas, já que a escovação manual não supre suas necessidades. Mas como escolher uma escova adequada na prateleira do supermercado? Para isso levantaremos algumas características ideais de escovas elétricas que nunca podem ser esquecidas no momento da compra:
Cabeça pequena e cerdas macias e com pontas arredondadas são características das escovas manuais que desejamos também em escovas elétricas!
Preço acessível. Sim, a escova tem que estar dentro da realidade econômica do paciente, senão torna-se inviável. Observe também os preços de cada refil, ou seja, das cabeças vendidas separadamente, já que estas terão de ser trocadas regularmente, como uma escova manual (assim que suas cerdas começarem a “abrir”). Em uma pesquisa rápida na internet encontramos escovas com valores que variaram de R$ 13,00 a R$ 317,00, portanto pesquise bastante antes de comprar!
Pilhas ou baterias recarregáveis. Algumas escovas possuem base carregadora, outras funcionam à pilhas, para estas últimas talvez você precise de um carregador e pilhas recarregáveis que são vendidos separadamente!
A escova precisa fazer movimentos oscilatórios. As que realizam apenas movimentos vibratórios são menos efetivas na remoção da placa. Esta informação deve constar na embalagem.
Cabo ideal: Esta parte da escova pode facilitar ou dificultar muito a vida de quem a usa. O ideal é que o usuário experimente a “pega” da escova, mas se isso for impossível, lembre-se que cabos mais grossos são mais fáceis para quem não tem potência no fechamento da mão. Lembre-se que o cabo pode ser adaptado, com esponja e fita ou massinhas (durepoxi por exemplo, mas lembre-se de protejer a escova com bastante papel filme antes de aplicá-la, isso fará com que não ocorram manchas e facilitará a remoção da massa depois de endurecida).
O peso certo: Escovas muito pesadas podem ser impossíveis de usar para alguns pacientes. Se o paciente tiver pouca força na mão/braço de maior destreza, prefira um modelo mais leve.
Potência. Esqueça um pouco a potência em watts (apesar de alguns fabricantes oferecerem esta informação na embalagem de seu produto), a potência à qual me refiro é a quantidade de oscilações por minutos, e uma escova elétrica ideal deve realizar mais de 6.000 oscilações por minuto. Quanto mais, melhor!
Sua carga deve durar pelo menos 5 minutos, e quanto mais rápida a recarga melhor.
Facilidade de reposição da cabeça. Quanto mais independência melhor! Mas, se a troca não puder ser feita pelo usuário, não leve em conta este item.
Níveis de potência e outros opcionais. Os chamados “modos de escovação” nada mais não que níveis de potência, e pode ser interessante ter a opção de regulagem por questão de conforto, embora isso não seja um pré-requisito. Cabeças diferentes com “passadores de fio” ou “palitos” vibratórios podem ser amigos ou vilões. Particularmente, não recomendo o uso dos “palitos” pelo alto risco de acidentes, e a desvantagem dos “passadores de fio” é a pouca durabilidade, então julgo ambos dispensáveis!
Agora que você já sabe comprar uma escova elétrica, lembre-se de dar carga inicial de 24 horas e nunca retira-la do carregador para uso no meio de uma carga! Isto fará com que sua(s) pilha(s)/bateria dure muito mais!
Formado em 2001, atuei em consultórios e clínicas particulares nas cidades de Florianópolis/SC e Biguaçu/SC até 2005, quando iniciei na saúde pública na cidade de Major... Leia mais
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