Dr. Carlos Eduardo Blos
Campo Bom, RS
Nas minhas primeiras aulas de dentística operatória, aprendi os fundamentos dos princípios de preparos cavitáros propostos por Black, sei que todo mundo achava chato, mas eu sempre tive encantamento por essa área.
Largado o amálgama da minha vida (que deus o tenha!!), iniciei apaixonadamente, a chamada "odontologia adesiva" na minha vida, para mim, o tema mais fascinante da odontologia.
Sempre me perguntei, como é possível um ácido criar micro retenções milagrosas que possibilitam uma gama enorme de possibilidades restauradoras, que coisa mais incrivelmente fascinante!! quantas pessoas já não foram e serão beneficiadas por estas técnicas, o quanto melhorou a qualidade da odontologia, em quantas áreas e especialidades a adesão não está presente constantemente, na rotina do consultório dentário?
Seria difícil para nós hoje, imaginarmos um consultório dentário sem ácido, primer, adesivo e resina composta!!
Mas a cada dia que passa, uma coisa ainda me surpreende, Muitos colegas negligenciam a etapa de limpeza da cavidade para fazer procedimentos adesivos.
Muitos acreditam que o próprio ácido fosfórico seria capaz de fazer uma limpeza eficaz, e acabam compartilhando de problemas bastante comuns e intimamente relacionados com falhas de adesão como sensibilidade pós-operatória, falhas adesivas, micro infiltrações, linhas de união evidentes entre dente e restauração, formação de linhas brancas entre dente e restauração nos procedimentos de acabamento e polimento e que desaparecem quando molhadas e baixa resistência adesiva das restaurações.
Quando cortamos a dentina, temos a formação da famigerada smear layer, mas e em esmalte?
Por todo o nosso preparo temos sujidades que ficam impregnadas, o ácido fosfórico tem ação seletiva, mas é preciso deixá-lo em contato íntimo com o substrato que queremos modificar, seja ele dentina, esmalte, ou algum material restaurador.
Para este fim, nada é superior ao jateamento com óxido de alumínio, na segunda fotografia, note o aspecto fosco do dente 11, ele foi jateado com óxido de alumínio, parece que já foi feito o ataque ácido, mas na verdade, ele foi apenas jateado, removendo quaisquer resíduos sobre o preparo e também a camada aprismática do esmalte, permitindo que a partir deste momento, que o ácido fosfórico possa ter ação sobre o substrato limpo, formando um padrão de descalcificação mais uniforme, otimizando a penetração do sistema adesivo tanto em dentina como em esmalte.
Este procedimento otimiza a adesão, favorece a hibridização da dentina, diminui ocorrência de sensibilidade pós-operatória, reduz o risco de aparecimento de linhas brancas na junção dente restauração, eleva as taxas de sucesso em procedimentos adesivos e a resistência adesiva á tração e ao cisalhamento.
Trabalho na área de reabilitação bucal e estética em odontologia, excutando implantes dentários, enxertos ósseos, cirurgias pré-protéticas, próteses sobre implante e... Leia mais
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