Amálgama Dentário

  Artigo, 19 de Ago de 2014

FACULDADES UNIDAS DO NORTE DE MINAS- FUNORTE

Ana Paula Almeida

Clara Murta

Crislainy Cardoso

Nicolle Brito

Paulo Aguiar

Amálgama Dentário

Montes Claros

2014

Ana Paula Almeida, Clara Murta, Crislainy Cardoso, Nicolle Brito e Paulo Aguiar

Amálgama Dentário

Trabalho apresentado ao Professor Silvério Torres no Instituto de Ciências da Saúde- ICS, das Faculdades Unidas do Norte de Minas- FUNORTE, no curso de graduação em odontologia, como requisito parcial para obtenção de nota na disciplina Materiais Odontológicos.

Montes Claros

2014

SUMÁRIO

RESUMO........................................................................................................... 1

INTRODUÇÃO................................................................................................... 2

REVISÃO DE LITERATURA.............................................................................. 3

DISCUSSÃO..................................................................................................... 10

CONCLUSÃO................................................................................................... 12

REFERÊNCIAS................................................................................................ 13

RESUMO

Restaurações diretas é uma realidade muito presente no atendimento clínico do cirurgião dentista na atualidade visto a necessidade de restaurações de confecção rápida, que apresentem boa resistência e estabilidade e em um custo acessível a todos os níveis sociais. O amálgama dentário veio atender esses e alguns outros pré-requisitos para restaurações diretas bem sucedidas em odontologia.

Sua biocompatibilidade e capacidade de adaptação às paredes do preparo cavitário são outros fatores que tornam esse material ainda mais usado e indicado em restaurações não estéticas.

O amálgama dental se caracteriza então um excelente material que, se usado da forma correta e manipulado corretamente é um material restaurador direto que confere ao paciente a função do dente restaurado.

Palavras chave: Amálgama dentário, materiais dentários, restaurações intracoronárias.

INTRODUÇÃO

O estudo apresentado visa realizar uma revisão de literatura sobre Amálgama Dentário que frequentemente é usado nas Clinicas Odontológicas: O amálgama dentário é um tipo especial de liga que contém mercúrio como um de seus constituintes. Como o mercúrio é líquido à temperatura ambiente, pode formar ligas com outros metais que estejam no estado sólido. Essas ligas podem ser classificadas como: ligas ricas em cobre, ligas pobre em cobre, ligas de fase dispersa ou ligas de composição única.

O amálgama é apresentado hoje em forma de cápsulas cuja trituração é feita através de um equipamento eletromecânico chamado amalgamador ou sob forma de limalha e mercúrio que vem em recipientes separados e quando misturados e triturados com instrumentos vítreos chamados grau e pistilo possibilita sua utilização para fins odontológicos.

A longevidade do material também é uma importante característica que o mantêm como um dos materiais mais aceitos e utilizados na odontologia atualmente e com sucesso comprovado.

Outro ponto que deve ser destacado e considerado é o custo do material que é relativamente baixo comparado a outros materiais restauradores o que o torna mais acessível à população.

Esta junção de custo x benefício então torna o amálgama dentário um material restaurador praticamente ideal para manutenção da saúde bucal da população.

O objetivo relevante deste trabalho é enfatizar o uso do amálgama dentário como uma restauração cavitária e sua importância na saúde bucal.

REVISÃO DE LITERATURA

Considerações Gerais: Histórico e Composição

De acordo com ROSIFINI et al. (2008) apud ... , o amálgama dentário tem sido utilizado há mais de um século e ainda constitui importante material restaurador na Odontologia.

SILVA e SANTOS (1997) apud... , afirmam que o amálgama dental tem sido o material restaurador mais utilizado na Odontologia desde o século dezenove, devido às suas propriedades de manipulação, performance clínica favorável, baixo custo e biocompatibilidade com os tecidos bucais.

Segundo SAKAGUCHI e POWERS (1923) um amálgama é uma liga composta por mercúrio e um ou mais metais. O amálgama dentário é produzido misturando mercúrio líquido com partículas sólidas de uma liga contendo predominantemente prata, estanho e cobre. Zinco e paládio também podem estar presentes em pequenas quantidades. Esta combinação de matais sólidos é conhecida como liga de amálgama.

Segundo HOSHI (2000) apud... , a amálgama é um material altamente resistente, insolúvel aos fluidos bucais, de baixo custo e de fácil manipulação, porém a sua desvantagem é a falta de adesão à estrutura dentária, associada à micro infiltração marginal.

De acordo ANUSAVICE (1918) a liga para amálgama é misturada com o mercúrio pelo cirurgião dentista ou pela assistente. Na odontologia, o procedimento de mistura é tecnicamente conhecido como trituração.

LEINFELDER (2000) apud... , afirma que os elementos constituintes do amálgama servem como um agente bacteriostático.

De acordo com BARATIERI (2000) apud... , entre todos os materiais restauradores o amálgama parece ser o menos sensível à técnica.

Amalgamação e Microestruturas Resultantes

  • Ligas com Baixo Teor de Cobre (Fase Convencional ou Limalha)

Segundo SAKAGUCHI e POWERS (1923) e ANUSAVICE (1918) a liga de amálgama é intimamente misturada com mercúrio líquido para molhar a superfície das partículas de modo que a reação entre o mercúrio líquido e a liga possa proceder a uma velocidade razoável. Essa mistura é chamada de trituração, cuja dupla função é a de misturar os ingredientes e remover camadas superficiais de óxido que e formam nas partículas da liga. Durante esse processo, o mercúrio se difunde para o interior das partículas da liga e reage com as porções de prata e estanho para formar predominantemente compostos de prata-mercúrio e estanho-mercúrio. O composto de prata-mercúrio é Ag²Hg³ e é conhecido como a fase de (Y¹), e o composto de estanho-mercúrio Sn7-8Hg, conhecido como fase gama (Y2). Desta forma, um amálgama típico com baixo teor de cobre é um compósito em que as partículas não consumidas estão embebidas nas fases gama (Y1) e gama (Y2).

  • Ligas com Alto Teor de Cobre

De acordo com ANUSAVICE (1918) as ligas com alto teor de cobre tornaram-se os materiais de preferência graças às suas propriedades mecânicas melhoradas, características de corrosão e melhor integridade marginal em avaliações clínicas, quando comparadas com as ligas tradicionais, de baixo teor de cobre.

Segundo SAKAGUCHI e POWERS (1923) a principal diferença entre as ligas de amálgama de baixo e alto teor de cobre, não é meramente a porcentagem de cobre, mas também o efeito que o teor de cobre mais alto tem na reação do amálgama. O maior teor de cobre nessas ligas é fornecido pelo eutético prata-cobre. Essa quantidade de cobre resulta na eliminação da fase gama (Y2), que é a fase mais fraca e mais suscetível a corrosão em um amálgama de baixo teor de cobre. Há dois tipos de ligas com alto teor de cobre. O primeiro é um pó de liga de fase dispersa e o segundo é um pó de liga de composição única. Ambos contêm mais de 6% em peso de cobre.

  • Ligas com Alto Teor de Cobre (Fase Dispersa)

Segundo ANUSAVICE (1918) em 1963, Innes e Youdelis adicionaram partículas esféricas da liga eutética de prata-cobre a ligas de amálgama com partículas de limalha de baixo teor de cobre. Essas ligas são frequentemente chamadas de ligas de fase dispersa, porque o pó final é uma mistura de pelo menos duas espécies de partículas. Um pó de fase dispersa, apresentando partículas de limalha de liga com baixo teor de cobre e partículas esféricas do eutético prata-cobre. O amálgama produzido a partir desses pós é mais resistente que o amálgama feito apenas com pó usinado de baixo teor de cobre, graças ao aumento da partículas de liga residuais e à resultante redução da matriz em vez do endurecimento por dispersão, mecanismo sugerido originalmente. Restaurações feitas com este protótipo de amálgama de fase dispersa eram clinicamente superiores às restaurações de amálgama de baixo teor de cobre, quando avaliadas com relação à resistência à degradação marginal.

  • Ligas com Alto Teor de Cobre (Fase Única)

Segundo ANUSAVICE (1918) o sucesso dos amálgamas de fase dispersa levou ao desenvolvimento de outro tipo de liga com alto teor de cobre. Diferentemente do pó das ligas de fase dispersa, cada partícula da liga apresenta a mesma composição química. Por esta razão, são chamadas de ligas de composição única. Os principais componentes das partículas são geralmente prata, cobre e estanho, porém existem pequenas quantidades de índio e paládio que são encontradas em algumas ligas de composição única comercializadas atualmente. Várias fases são encontradas em cada partícula de composição única, incluindo as fases betas (Ag-Sn), Y (Ag³, Sn) e tetra (Cu³Sn). Algumas das ligas podem conter também alguma quantidade de fase beta (Cu6Sn5).

Escoamento e fraturas

Segundo MJÖR (1999), o escoamento tem o "flow" e "creep" como parâmetros que designam as alterações dimensionais durante cargas. Testes de "creep" substituíram consideravelmente os testes de "flow", por ter sido demonstrado que o valor de "creep" para amálgamas convencionais está diretamente relacionado com a degradação marginal de restaurações feitas com tais ligas. O valor de "creep" de 3% é encontrado na maioria dos padrões, mas ele seria provavelmente melhor estabelecido em 2%. Amálgamas de alto conteúdo de cobre têm sido fabricados para apresentarem baixos valores de "creep" (<1%). A degradação marginal, um defeito de estresse / corrosão observado na superfície oclusal, tem relação direta com o "creep" dos amálgamas convencionais, sendo aquela reduzida com o uso de amálgamas com baixo "creep", ou seja, amálgama não-gama 2. A fratura de área do istmo é considerada um problema associado ao volume inadequado de material, seja devido ao preparo defeituoso da cavidade ou devido à excessiva escultura da restauração. Quanto mais fraco o amálgama e menor seu ângulo de margem, tanto mais provável que ocorram fraturas.

Segundo LEINFELDER (2000), quando uma cúspide antagonista é introduzida na superfície de um amálgama oposto, a área de contato gradualmente muda. Por causa da relativa alta taxa de escoamento, o amálgama nesta região começa a mover para longe do topo da cúspide antagonista. A morfologia na região fica semelhante a uma cratera por impacto de meteoro.

De acordo com McDANIEL et al.(2000), as principais causas de fratura de restaurações de amálgama com cobertura de cúspides são a fratura dental, presença de cáries e fratura da própria restauração. A fratura dental aumenta grandemente o risco do dente se tornar não mais restaurável.

Corrosão

Segundo BUSATO (1996), a corrosão do amálgama se expressa clinicamente através da textura superficial, fraturas marginais e descoloração das estruturas do dente. A corrosão que ocorre na interface dente / restauração é, de certa forma, benéfica, pois, com o decorrer do tempo, produz o vedamento marginal, impedindo a infiltração marginal e suas conseqüências.

PHILLIPS (1998) afirma que o amálgama dental é constituído por uma série de elementos metálicos, dentre eles o mercúrio. Em contato com o meio oral, esse tipo de material restaurador plástico é passível de corrosão, liberando íons para a saliva.

Segundo MJÖR (1999), a corrosão do amálgama depende do tipo de liga, de sua manipulação durante a trituração e inserção e da higiene oral do paciente. Os efeitos clínicos da corrosão de amálgama são resistência reduzida, degradação marginal, alterações dimensionais, porosidades internas e aspereza superficial aumentadas, descoloração, redução da micro infiltração pelo preenchimento dos espaços vazios na interface dente/restauração pelos produtos da corrosão, e efeitos galvânicos, raramente incluído gosto metálico.

Segundo PODUCH-KOWALCZYK et al.(1999), a suscetibilidade à corrosão de diferentes amostras de amálgama mostrou os seguintes resultados: ARISTALLOY > SYBRALLOY > (DISPERSALLOY, PHASEALLOY, TYTIN). Isto pode clarear diferentemente a possibilidade de corrosão ocorrer em cinco amálgamas odontológicos diferentes.

De acordo com BARATIERI (2000), a corrosão do amálgama é evidenciada, clinicamente, através de sua textura superficial, fraturas marginais e descoloração das estruturas dentais, sendo a fase de cristalização gama2 a que mais sofre com este processo. Os amálgamas de ligas enriquecidas com cobre, por não apresentarem gama2, ou por apresentarem-na menos do que aquelas ligas convencionais, são superiores, portanto, em termos de corrosão. Uma dedução lógica é que o desaparecimento da fase gama2 por corrosão proporciona o aparecimento de espaços vazios (porosidades) no amálgama, os quais concorrem para o enfraquecimento mecânico da restauração.

Propriedades e Hipersensibilidade Relacionadas ao Mercúrio

De acordo com LYGRE et al. (1999), o mercúrio pode entrar na saliva como vapor, íons e partículas de amálgama. Após exame de pacientes que relatavam queixas relacionadas a restaurações de amálgama, foi encontrado que a quantidade de mercúrio e prata na saliva é relacionada com a quantidade de amálgama presente na cavidade bucal.

Segundo MJÖR (1999), tem-se alegado que sintomas locais e gerais, como dor de cabeça, dor facial, dor dos dentes, dores na ATM, xerostomia, insônia, cansaço, depressão, cegueira, tumores, alergia e outros podem ser associados com a presença de restaurações de amálgama, devido à corrosão, toxicidade ao mercúrio ou reações alérgicas para com elementos do amálgama.

Segundo McGIVERN et al. (2000), reações de hipersensibilidade ao amálgama são incomuns, porém lesões liquenóides envolvendo uma reação de hipersensiblidade mediada por células podem ocorrer. Raramente uma resposta mais aguda e generalizada pode ocorrer envolvendo a mucosa oral e pele.

Acabamento e polimento

Segundo MEZZOMO (1993), é incontestável que restaurações polidas representam um motivo de orgulho e satisfação para quem as executa. O acabamento visa ajustar as margens da restauração, remoção de excessos e/ou degraus e o refinamento da estrutura.

SILVA e SANTOS (1997) afirmam que os resultados obtidos com o polimento completo das restaurações de amálgama após 24 horas de sua inserção no dente foram superiores aos resultados referentes às restaurações polidas imediatamente após inserção, condensação, escultura e brunidura.

Segundo PHILLIPS (1998), o processo de polimento conseguindo-se uma superfície homogênea aumenta a resistência das restaurações de amálgama no que se refere ao manchamento e corrosão.

De acordo com MJÖR (1999), o acabamento e polimento de amálgama aumentam o potencial para prolongada vida clínica. A principal vantagem de se fazer o acabamento de restaurações de amálgama é que ele permite o ajuste das margens da restauração.

Segundo CARDOSO et al. (1999), o acabamento e polimento de restaurações de amálgama pode modificar a decisão de substituição de antigas restaurações de amálgama.

Considerações Finais

Nas duas últimas décadas a utilização de amálgama no cotidiano odontológico reduziu-se drasticamente: exigências estéticas, resinas compostas com melhores propriedades físico-químicas e o desenvolvimento dos adesivos dentinários destacam-se como fatores responsáveis. Durante um século e meio a seleção deste material para confecção de restaurações em dentes posteriores encontrou respaldo em seu baixo custo, excelente resistência mecânica, técnica de manipulação de baixa complexidade e sensibilidade, além de selamento marginal à custa de seus produtos de corrosão. Na atualidade, estas mesmas vantagens aliadas às condições socioeconômicas do paciente ainda determinam sua aplicação.

DISCUSSÃO

O amálgama é uma liga metálica que compõe-se, principalmente pelo Mercúrio para que haja uma adequada homogeneidade para o preparo cavitário, e com constantes melhorias e aprimoramento dos materiais utilizados em restaurações dentárias, o amálgama, apesar da sua desvantagem quando se refere à estética, vem sendo utilizado há décadas na Odontologia como um material efetivo.

Um amálgama deve cristalizar-se sem se alterar dimensionalmente e permanecer estável por toda a vida da restauração, mas uma variedade de fatos influencia as dimensões iniciais durante a cristalização (presa) e a estabilidade dimensional ao longo do tempo. Um fator muito importante no controle da resistência é o conteúdo de mercúrio da restauração. Uma quantidade de mercúrio suficiente deve ser misturada com a liga para banhar as suas partículas e permitir uma amalgamação completa. A velocidade de cristalização do amálgama é de interesse para o cirurgião-dentista. Como o paciente pode ser liberado da cadeira após 20 minutos do início da trituração do amálgama, uma questão vital é saber se ele ganhou resistência suficiente para sua função. É provável que uma grande parte das restaurações de amálgama que sofrem fratura ocorra logo após sua inserção. A manifestação clínica pode passar despercebida durante alguns meses, porém uma fenda precoce pode ocorrer na restauração nas primeiras horas.

Dentre suas vantagens, a fácil colocação, a durabilidade, menor sensibilidade à fluidos como sangue e saliva e o pouco tempo utilizado em sua colocação, permite que tal material seja um indicador para áreas que haja necessidade de muita força mastigatória, especialmente em cavidades áreas oclusais. Comparado a outros materiais apresenta longevidade, além da ótima adaptação marginal, que vai melhorando com o passar do tempo, devido à corrosão na interface dente-restauração e ainda, possibilita a diminuição de microinfiltrações, protegendo contra fraturas das paredes laterais, embora possa ocorrer processo de Creep, causando expansão de uma restauração de amálgama para fora da cavidade preparada, aumentando sua suscetibilidade à fratura marginal.

Uma das desvantagens do amálgama é, sem dúvida, a falta de adesão á estrutura dental. Faz-se necessário, portanto, a confecção de uma forma especial de cavidade para a colocação do material, o que pode causar a fratura dentária, já que muitas vezes é necessário remover a estrutura dental sadia para conseguir a forma de resistência (Dunne et al., 1997).

A restauração de amálgama só é possível graças às características peculiares apresentadas pelo mercúrio. Esse metal possibilita a formação de uma massa plástica, que pode ser inserida e acabada no dente. A presença do Mercúrio na composição do Amálgama não traz danos nocivos à saúde, como relatou ADA, em 1998, “não foram detectados problemas de saúde, provocados pela liberação de mercúrio do amálgama dental, devido às baixas taxas existentes”, excetuando a sensibilidade e/ou alergias documentadas embora em taxas também baixíssimas. Todavia nenhum outro material provou ser tão seguroem todos os aspectos quanto o amálgama dental.

O amálgama dental é ainda o material de preferência e, de fato, ainda representa mais de 50% de todas as restaurações realizadas. Assim, “estudos relevantes demonstram que as restaurações em amálgama mostram-se eficazes e seguras” (J. AM Dent Assoc. 2001).

CONCLUSÃO

Com constantes melhorias e aprimoramento dos materiais utilizados em restaurações dentárias, o amálgama, apesar da sua desvantagem quando se refere á estética, vem sendo utilizado há décadas na Odontologia como um material efetivo. 

A presença do Mercúrio na composição do Amálgama não traz danos nocivos à saúde, como relatou ADA, em 1998, “não foram detectados problemas de saúde, provocados pela liberação de mercúrio do amálgama dental, devido às baixas taxas existentes”, excetuando a sensibilidade e/ou alergias documentadas embora em taxas também baixíssimas. O amálgama dental é ainda o material de preferência e, de fato, ainda representa mais de 50% de todas as restaurações realizadas. Assim, “estudos relevantes demonstram que as restaurações em amálgama mostram-se eficazes e seguras” (J. AM Dent Assoc. 2001).

Verificamos assim que, embora se encontre no mercado novos materiais e inovadores produtos esteticamente benéficos, não se abandonam o amálgama dental, pois suas vantagens ainda destacam-se sobre as desvantagens.

REFERÊNCIAS

ALVES-REZENDE, M.C.R.; ROSSI, A.C.; ALVES-CLARO, A.P.R. Amálgama dentário: controle dos fatores de risco à exposição mercurial. Revista Odontológica de Araçatuba, v. 29, n. 2, p. 09-13, Jul./Dez. 2008.

FIALHO, E.S. et al. Avaliação da infiltração marginal de restaurações de amálgama: mercúrio versus gálio. Pesq. Odont. Bras., v. 14, n. 1, p. 59-63, jan./mar. 2000.

MINTO, A.M.P. et al. Estudo comparativo da resistência à fratura de pré-molares superiores íntegros e restaurados com amálgama aderido. Pesqui Odontol Bras., v.16, n. 2, p. 121-126, 2002.

DO VALLI, V.M.F. Amálgama dental: presente e futuro. 43 f. Dissertação (Especialização em dentística restauradora) – Associação Brasileira de Odontologia. Florianópolis. 2001.

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Autora

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Ana Almeida

Estudante de Odontologia

 Montes Claros, MG

Ana Almeida é estudante de odontologia em Montes Claros, MG - Brasil pela FUNORTE - Instituto de Ciências da Saúde. Faz parte do Ident desde Junho de 2014.

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