Alexandre Augusto Ferreira da Silva
São Paulo, SP
A disjunção rápida de maxila cirurgicamente assistida é sem dúvida alguma um ponto muito controverso na ortodontia. Isto devido a dificuldade de identificar quando indicar uma disjunção rápida somente ortodôntica e quando indicar uma disjunção auxiliada cirurgicamente. É de nosso conhecimento que após o término do crescimento, encontrando-se as suturas ósseas fusionadas, o efeito das forças ortopédicas, sobre o tecido ósseo, são significativamente limitadas. Portanto, é lógico pensarmos que na idade adulta, a correção da deficiência transversa esquelética de maxila, seja ela unilateral ou bilateral, deve ser assistida cirurgicamente, devido ao fato que somente a cirurgia tem a capacidade de romper totalmente a resistência das suturas fusionadas, proporcionado enorme facilidade para o movimento de expansão ou alongamento ósseo do palato, sem causar ou causando o mínimo de inclinações dentárias indesejáveis.
Acredito que devemos oferecer ao paciente resultados previsíveis e seguros. Tentativas de disjunção de maxila somente ortodônticas em pacientes adultos, frequentemente não obtém êxito e podem ocasionar injúrias importantes aos dentes e periodonto. Quando ortodontista e cirurgião trabalham juntos em pacientes adultos com deformidades dento-esqueléticas, o resultado final é muito mais previsível, seguro e estável ao longo da vida do paciente.
Vale ainda ressaltar que a maioria dos pacientes com atresia de maxila apresentam palato ogival, com consequente predomínio do padrão de respiração bucal. A cirurgia de expansão de maxila pode melhorar em até 70% a respiração pelo nariz, dependendo da quantidade de expansão necessária.
Tudo de bom à todos!
Para mais informações acesse:
http://www.cirurgiaortognatica.blog
Possui graduação em Odontologia pela Universidade Federal de Alfenas / UNIFAL-MG. Residência em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pelo Hospital Central da Irmandade da... Leia mais
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