Especialista e mestre em Dentística Operatória pela UFSC; diretor e professor do Instituto Proffel, Florianópolis, SC; Professor do Curso de Odontologia da UFSC (Dentística Operatória) e do Curso de Especialização em Dentística da UFSC-FAPEU, Florianópolis, entre 1994-2004; Co-autor do livro "Odontologia Restauradora: Fundamentos e Possibilidades. Baratieri, LN et al, Santos - Sào Paulo, 2001; revisor científico dos livros: Estética em Odontologia, Ronald E. Goldstein. 2a Ed. Santos, São Paulo, 2000 / Restaurações Adesivas: Conceitos atuais para o tratamento estético de dentes posteriores. Didier Dietschi e Roberto Spreafico, Quintessence, 1997; Autor do livro Resinas Compostas: a evolução. 2010.
Nos anos 80 os maiores nomes da Odontologia Reabilitadora no Brasil estavam relacionados com a periodontia e a prótese. As reabilitações eram normalmente feitas com grandes próteses fixas de metal e porcelana suportadas por poucos pilares tratados endodonticamente e periodontalmente. Os pacientes de sorte e de poder aquisitivo alto acessavam esse tratamento como alternativa à prótese total. Entretanto, em muitos casos problemas precoces ocorriam como: lascamentos, retornos de infecções periodontais e periapicais, fraturas de raiz, comprometendo o trabalho.
Analisando os dados de hoje, podemos concluir que pacientes com poucos pilares dentais são orientados para a Reabilitação através de próteses protocolo sobre implantes, resultando em maior durabilidade, previsibilidade e conforto. As grandes próteses de dez e doze elementos sumiram do nosso dia-a-dia, facilitando a vida de todos, pacientes e dentistas. Por outro lado, uma legião de pessoas quer se prevenir deste destino pouco atraente. Ajudados pelas melhoras nas ações de saúde bucal os pacientes estão cada vez mais conscientes de que nada é melhor, mais funcional e bonito que os próprios dentes. Mesmo que isso signifique dentes restaurados.
A Reabilitação oclusal e estética assume um papel preventivo e curativo. Reabilitar a oclusão significa acrescentar material em todos os dentes posteriores para aumentar a Dimensão Vertical de Oclusão, a mordida. Essa medida permite que cada dente posterior receba um “capacete” de proteção feito com uma espessura adequada que pode resistir às forças oclusais funcionais e para-funcionais. O lado preventivo é evitar que os dentes se abram com fraturas longitudinais, típicas em pré-molares superiores e molares. Essas fraturas ocorrem quando a intercuspidação oclusal fica profunda e as guias de proteção pelo canino desaparecem. O início de tudo isso é uma pequena trinca invisível que progride com ou sem cárie para dor, posteriormente endodontia até a fratura. Nos casos de perda lenta da D.V.O. ocorre extrusão do bloco ósseo, então as medidas dos terços da face não ajudam a estabelecer parâmetros para o tratamento. Exceção pode ser feita para pacientes braquiocefálicos que possuem um grande afundamento ósseo.
O desenvolvimento das resinas fotopolimerizadas nos permite dizer que hoje elas são duas vezes melhores que suas antecessoras dos anos 90. Mais formadores de opinião entendem que o melhor material para restaurar a oclusão deve permitir algum desgaste como forma de proteção do suporte (raiz e osso) e da articulação (elementos envolvidos com a ATM). Talvez por isso as reabilitações do passado durassem tão pouco. Além das melhores propriedades, o jeito de fazer e pensar resinas foi completamente modificado e amadurecido. Assim, com as incríveis vantagens das resinas de boa qualidade bem executadas e em adequadas DVO, os tratamentos podem durar 15 anos. Também, a técnica pode ser utilizada em clientes de menor idade que estão desgastando seus dentes por algum motivo como forma de prevenção e manutenção da estética. Finalmente posso dizer a todos vocês leitores: BEM VINDOS AO MARAVILHOSO MUNDO DAS RESINAS DE QUALIDADE.
Dr. Luís Antonio Felippe
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