A Saúde Bucal e o Sus

Durante muito tempo, o Brasil encontrou-se sob um modelo de saúde biomédica, marcada pelo positivismo e mecanicismo; voltado unicamente para o atendimento, que se caracterizava por ser curativo. Pautado nessa perspectiva, esse modelo atendia as necessidade da população, visando acima de tudo, o lucro. Os atendimentos eram reduzidos a uma minoria de pessoas cobertas pelo INPS – Instituto Nacional de Previdência Social e mesmo assim, o princípio da Integralidade e Equidade ficavam esquecidos. Bem como outros problemas, naquele período, a Saúde Bucal não tinha nenhuma relevância para o atendimento de pessoas sem convênio com o INPS. Assim como os médicos, os dentistas trabalhavam associados a este, ou em suas clínicas particulares, gerando sobre diversos aspectos, problemas à saúde bucal dos não atendidos

Por volta dos anos de 1986 à 1990, surge o SUS – Sistema Único de Saúde, fruto de inúmeras batalhas sociais; uma conquista do povo. Passamos finalmente a ter uma atendimento gratuito, que abrange todos, uniformemente e em nossa total integralidade. Por mais que hoje, vinte anos depois, ainda encontremos sérios problemas, o SUS tem melhorado significativamente a Saúde Bucal isso é inegável.

Em âmbito de Saúde Bucal, muito tem se feito para que os dados epidemiológicos e cheguem em um limiar satisfatório. Apesar de contar com poucos profissionais, apenas 49%, realmente interessados nas política públicas e atendimento público, o SUS conta com o “Programa Brasil Sorridente” que está modificando substancialmente os dados odontológicos do país.

O maior desafio, com certeza é mudar a mentalidade dos profissionais dentistas e acadêmicos; desenvolver neles o interesse por essas políticas e atendimento no SUS. Destaque ao Governo, que de maneira satisfatória tem investindo em recursos e implantando essa nova mentalidade. E com profissionais aptos e dedicados a esse atendimento, teremos uma condição de Saúde Bucal, dentro dos padrões desejados.