Renan Dalla Soares
Santo André, SP
Olá pessoal! Esse caso achei bem interessante, por vários aspectos. Em 2007, fiz um protocolo inferior para uma senhora de 75 anos (antagonista prótese total). Na época ela relatou em anamnese tomar medicação apenas para colesterol. Fez manutenções peri-implantares anuais de 2008 a 2012, onde sempre apresentou excelente higiene oral e saúde Peri-implantar em todos os implantes. Se ausentou do meu acompanhamento até 2017, quando retornou apresentando edema e secreção purulenta nas regiões dos implantes 43 e 45. Foi medicada com associação de amoxicilina e metronidazol. Após 1 semana, retornou sem sinais clínicos (foto 1), porém a radiografia mostrava extensa e irregular perda óssea nos implantes 43 e 45 (fotos 2 e 3). A paciente relatou nessa nova anamnese, ter tomado alendronato por cerca de 2 anos (não soube especificar a data de início nem de término do uso da medicação, mas que havia parado há mais de 1 ano). Os 2 implantes foram removidos (foto 5), toda a lesão foi curetada (foto 6), o próprio coágulo da paciente foi utilizado para preencher a lesão óssea, que foi recoberta por uma barreira Bone Heal (foto 7). A barreira foi removida após 11 dias (foto 8). A prótese foi instalada provisoriamente sobre os 3 implantes remanescentes e a paciente foi bem orientada na necessidade de instalar novos implantes e na confecção de nova prótese. No entanto, a paciente novamente não seguiu as orientações e não retornou para executar o trabalho. Em abril de 2019 a paciente retornou ao consultório com abutments e parafusos fraturados. Disse que era um aviso da necessidade de realizar o novo trabalho, mas a paciente ainda estava relutante. Nesse momento foi solicitada tomografia computadorizada que demonstrou boa condição óssea para instalar implantes do lado direito (fotos 9 e 10). Até que em julho de 2019 a paciente aparece com a prótese na mão, com o implante da região 35 fraturado (foto 11). Agora ela estava sem dentes e decidiu, aos 87 anos, refazer o trabalho... No momento da cirurgia, verifiquei outro aspecto interessante: como eu sempre coloco os implantes distais numa posição próxima à emersão do nervo mentual, de princípio imaginei que haveria a necessidade de trefinar o implante fraturado e, provavelmente, teria que aguardar uma neoformação óssea na região para uma futura instalação de implante na região do 35. Para minha surpresa, verifiquei uma reabsorção da tábua óssea vestibular do canal mandibular, levando a posição do forame mentual para uma posição mais distal. Isso permitiu a instalação do novo implante 35 distalmente ao implante fraturado, de maneira segura (fotos 13 e 14). Já nas regiões do 43 e 45, a abertura do retalho evidenciou a efetiva regeneração óssea, suficiente para a instalação dos 2 novos implantes (foto 12). A nova prótese foi confeccionada sobre os implantes 31 e 33 (HE) já osseointegrados e sobre os implantes 35, 43 e 45 (CM) em carga imediata (fotos 16, 17, 18 e 19).
Desde sua formação em 1997, sempre investiu em seu aperfeiçoamento profissional, participando de vários cursos e congressos nacionais e internacionais, nas áreas de... Leia mais
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