Atualmente o conceito de estética está relacionado a dentes brancos e bem alinhado. Assim a busca por dentes claros tem sido cada vez mais freqüente e entre as técnicas disponíveis na Odontologia o clareamento se destaca por ser um tratamento mais conservador.
Substâncias vêm sendo utilizadas para clarear os dentes desde 1868. Em 1910, as técnicas de clareamento incluíam o uso de peróxido de hidrogênio com instrumento aquecido. Em 1948, o clareamento com cloreto de cálcio foi praticado. A partir de 1960, o perborato de sódio foi introduzido junto ao peróxido de hidrogênio, alcançando melhores resultados. Também em 1960 o clareamento dental caseiro foi proposto nos EUA, tendo ficando adormecido até 1989, quando Haywood e Heymann o descreveram em detalhes. A partir daí, as grandes indústrias investiram em pesquisas e marketing, tornando o clareamento dental uma técnica segura e de grandes resultados a quem a ela se submete (IRL, 1999).
O clareamento de dentes polpados apresentou evolução bastante acentuada na última década, com a introdução de novos agentes clareadores, com novas fórmulas, concentrações, formas de utilização, técnicas e equipamentos. A técnica caseira em que o agente clareador gel de peróxido de carbamida, é aplicado por meio de moldeira individual pelo próprio paciente em sua casa, vem perdendo espaço neste início de século para o ressurgimento da técnica de clareamento de consultório, que utiliza uma nova geração de agentes clareadores, com alta concentração de peróxidos, apresentando ação rápida e grande efetividade (Burrow,2009).
De acordo com Mondelli (2006) a técnica de clareamento dental exógeno de consultório é caracteriza pela necessidade do uso de uma proteção gengival, sendo a mais eficiente o isolamento absoluto do campo operatório, devido ao emprego de substancias causticas aos tecidos moles.
Neste contexto Vasconcellos (2002), ressalta diversas vantagens desta técnica de clareamento tais como o controle do resultado final por parte do profissional pelo fato de ser executado em visitas periódicas do paciente ao Cirurgião-dentista. Ação do agente clareador somente sobre o dente, uma vez que os tecidos são protegidos pelo isolamento absoluto ou pela barreira mecânica, impedindo assim, o contato o contato direto do gel com estes tecidos. Outra vantagem é a ausência da necessidade da utilização de moldeiras diariamente, risco da ingestão do gel clareador e o seu contato com os tecidos moles. Assim, o objetivo deste trabalho foi demostrar por meio de caso clínico e uso de um novo gel clareador recentemente introduzido no mercado Odontológico.
O paciente foi avaliado na clínica de mestrado de Odontologia da UNIOSTE. O paciente foi informado sobre as alternativas possíveis para solução dos problemas estéticos, entre elas clareamento caseiro e de consultório, facetas diretas e indiretas. A opção feita pelo paciente foi o clareamento de consultório.
Realizou-se primeiramente a profilaxia dos dentes com taça de borracha associada à pedra-pomes e água. Em seguida foi realizado o registro de cor dos dentes por meio de uma escala de cores (“vita”) e fotografia.
Proteção do campo operatório
Todos os tecidos moles do paciente (gengivas, bochecha, língua e lábios) foram isolados do contato com o produto clareador. A proteção dos tecidos moles pode ser obtida pelo uso de vaselina sólida ou gel a base de glicerina. Em seguida, foi realizado o isolamento dos tecidos gengivais com Clàriant Dam (protetor gengival fotopolimerizável) (Angelus). O profissional fez uso de luvas, aventais de manga comprida e óculos de proteção. Também é feito o uso de um afastador labial para facilitar a aplicação da barreira e também do clareador.
Preparo do gel: misturar as duas fases com as seringas conectadas, empurrando os êmbolos alternadamente por até 10 vezes, então todo o conteúdo misturado para uma das seringas, estando assim pronto para uso. Uma ponteira foi adaptada na seringa que remanescer com o gel e aplicou-se uma camada sobre toda a superfície vestibular dos dentes a serem clareados (incluindo as interproximais) e com extensão para as faces incisal e oclusal. O gel clareador Clàriant-Angelus Office 35% permaneceu sobre a superfície dental pelo período de 40 minutos. A aplicação foi realizada em sessão única do gel com o auxilio de um microaplicador para realizar movimentos vibratórios (a cada 5 ou 10 minutos). Assim o contato com o gel foi renovado e também serão liberadas as eventuais bolhas de oxigênio geradas.
Após 40 minutos, o gel foi aspirado com uma cânula endodôntica cirúrgica e os dentes lavados com água em abundancia. O protetor gengival foi removido destacando-o com uma sonda exploradora. O polimento dos dentes foi feito com pasta de polimento e disco de feltro.
Foi entregue ao paciente uma lista impressa com os cuidados pós-operatórios, como evitar que estes entrem em contato com agentes corantes como café, tabaco, chá, batom, refrigerantes, vinhos entre outros, pois seus dentes neste período estão mais permeáveis, estando mais susceptíveis ao manchamento. Outro fator é a sensibilidade pós-operatória que normalmente é comum nessa técnica de clareamento.
Veridiana Camiloti
Graduação em Odontologia pela Universidade Paranaense (1999),mestrado em Odontologia pela Universidade Estadual dePonta Grossa (2005) e doutorado em Materiais Dentários pelaUniversidade Estadual de Campinas (2010).Atualmente é professora adjunto da Universidade Estadual do Oestedo Paraná na graduação e Mestrado.
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